domingo, 15 de junho de 2008

O Vento que sopra hoje no meu rosto tem cheiro de Jasmin, tenho a sensação de estar na neblina do campo, respirando o ar das montanhas e esperando o momento de respirar e correr...correr até onde as pernas me levarem...até a vista cansar e os músculos doerem! Quando esse momento chegar, no ápice da dor de ter corrido tanto e tão longe, vou soltar um grito que estravaza tudo o que em mim está guardado a tanto tempo, sentimentos de culpa, preocupação, angústias...sentimentos que estão prestes a sair, como a gota de orvalho na folha quando o calor a evapora, quem sabe livre de tudo isso me sinta mais leve para voar...alcançar o que preciso, estar comigo mesmo e não me culpar. Quero a vida de todas as formas, tamanhos e cores possíveis e imagináveis..quero o calor do sol tocando perto minha pele, nem que prá isso eu precise queimá-la, quero sentir o vento na face como os pássaros em seu mais sublime vôo...quero atravessar as nuvens e saber se são feitas de algodão. Olhar para o homem aqui embaixo e ver o quanto é pequeno, o quanto é frágil e vulnerável! Só assim não terei medo, nem pudor, nem rancor...ou qualquer outra coisa que me impeça de sentir...viver...andar...voar..e por fim: morrer.

F.M

2 Comments:

Anônimo said...

Porque será que para sermos livres, para podermos viver e por fim morrer, tem-se que sofrer? Porque a dor muitas vezes antecede o amor, e já não bastando, depois o sucede.
Ainda que digas: Não sofro por amor. Esta presente a dor, mesmo sendo em sua negação.

Anônimo said...

sempre surpreendendo....Rafa meu amigo...te gosto demais...obrigado pelas visitas...bons ventos...